Data: 26-04-2012
Criterio:
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Podostemum weddellianum caracteriza-se por ervas aquáticas. Endêmica do Brasil, ocorre nosestados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, SantaCatarina e Rio Grande do Sul. Encontrada nos biomas Cerrado e Mata Atlântica,onde desenvolve-se em floresta ombrófila densa, floresta estacionalsemidecidual e em vegatação aquática. Segundo Bove, C.P. (com. pessoal), é uma espécie muito abundante onde ocorre, além desuportar ambientes com águas poluídas. Não há ameaça direta que a coloque emalguma categoria de ameaça. Não ameaçada no âmbito nacional.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Podostemum weddellianum (Tul.) C.T.Philbrick & Novelo;
Família: Podostemaceae
Sinônimos:
Descrita em Syst. Bot. Monogr. 70: 77. 2004.
Ocorre nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Bove, 2012).
Caracteriza-se por ervas, aquáticas (Bove, 2012).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).
1.1 Agriculture
Detalhes
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanusKunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf,Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).
1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha da flora de Santa Catarina (Klein, 1990).
- BOVE, C.P. Podostemum weddellianum in Podostemum (Podostemaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB013688>.
- BOVE, C.P.; PHILBRICK, C.T. Podostemaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.438-439, 2009.
- PHILBRICK, C.T.; NOVELO, A. Monograph of Podostemum (Podostemaceae)., Systematic Botany Monographs, v.70, p.1-106, 2004.
- KLINK, C.A.; MACHADO, R.B. A conservação do Cerrado brasileiro., Megadiversidade, p.147-155, 2005.
- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.
CNCFlora. Podostemum weddellianum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Podostemum weddellianum
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 26/04/2012 - 17:58:03